Alec Holland nascido em 4 de Setembro de 1963, era um homem que foi transformado num monstro composto por matéria vegetal, depois que uma explosão em seu laboratório o encharcou com produtos químicos.
O Monstro do Pântano apareceu primeiramente na revista Casa dos Segredos #92 (Junho-Julho 1971), com o nome Alex Olsen. No começo do século XX, o cientista Alex Olsen é vítima de uma explosão em seu laboratório planejada por seu colega de trabalho, Damian Ridge, que pretendia matá-lo de modo que pudesse ganhar a mão da esposa de Olsen, Linda.
Olsen é transformado pelos produtos químicos e pelas plantas dentro do pântano em um monstro disforme que volta para matar Ridge antes que este possa matar Linda. Incapaz de revelar a Linda sua verdadeira identidade, o Monstro do Pântano volta tristemente pras profundezas de sua nova morada.
Após o sucesso dessa história na Casa dos Segredos, pediram para os criadores originais que escrevessem uma série contínua, mas atualizassem o personagem para o presente e que parecesse mais heroico. O Monstro do Pântano nº1 (1ª série, Outubro-Novembro 1972, por Wein e por Wrightson) estreou, trazendo a nova origem do personagem.
O cientista Alec Holland, trabalhando em uma fórmula restaurativa secreta nos pântanos da Louisiana que poderia "fazer florestas brotar dos desertos", é morto por uma bomba plantada por agentes do misterioso Senhor E, que quer a fórmula. Coberto com os produtos químicos em chamas, Holland foge do laboratório e cai nas águas do pântano. Algumas horas mais tarde, uma criatura que assemelha-se a uma planta humanoide aparece." Muitas de suas histórias na antiga fase da revista envolviam o Monstro do Pântano buscando uma maneira de tornar-se outra vez humano.
A principal diferença entre o primeiro e o segundo Monstro do Pântano é que o último parece mais musculoso do que disforme, além de possuir a habilidade de falar. A impossibilidade de falar de Alex Olsen é o principal motivo pelo qual sua esposa era incapaz de o reconhecer.
Na edição 20, o escritor inglês Alan Moore assumiu o lugar de Martin Pasko. Relativamente desconhecido até então, Moore só havia escrito várias histórias para a 2000 A.D. e para a Marvel UK; mas porque o Monstro do Pântano estava a beira do cancelamento, os editores estavam dispostos a correr qualquer risco que Moore pudesse representar.
O "risco" que Moore correu foi o de destruir e reconstruir todo o conceito do personagem. Na revista nº 20 o Monstro do Pântano leva um tiro na cabeça e é capturado por homens da corporação Sunderland. Na edição 21, na já lendária história Lição de Anatomia, seu corpo foi entregue ao vilão menor Jason Woodrue, que tinha sido empregado por Sunderland para executar uma autópsia.
Durante a autópsia, Woodrue descobriu que a fisiologia do Monstro do Pântano era somente superficialmente humana: seus órgãos eram pouco mais do que imitações cruas e não funcionais de suas contrapartes humanas, e que não havia nenhuma maneira de o corpo do Monstro do Pântano ter-se originado de um corpo humano.
Isso significa que o Monstro não era Alec Holland, apesar de pensar assim: Holland tinha, na vegetação do pântano, e a vegetação do pântano tinha absorvido a fórmula, sua mente, conhecimento, memórias, e habilidades. Alec Holland não se curara, porque não havia o que curar. Woodrue concluiu também que, apesar da autópsia, o Monstro do Pântano estava ainda vivo, já que "você não pode matar um vegetal disparando na sua cabeça".
Com isso, Moore redefiniu o Monstro do Pântano como uma "planta *elemental", o que deixou o personagem aberto a interpretações muito mais amplas, dando-lhe a habilidade de controlar plantas e de viajar através do "verde".
Durante a era Moore, o Monstro do Pântano ficou catatônico em decorrência do choque de mergulhar-se profundamente no "verde", uma dimensão que conecta toda a vida vegetal. Woodrue ficou insano após tentar se conectar ao Verde através do Monstro do Pântano, e Abby teve que revivê-lo a fim de deter Woodrue, depois que este matou uma vila inteira.
Retornou aos pântanos (cuja localização se revelou ser a Louisiana), onde encontrou Jason Blood, o dêmonio Etrigan, e em seguida deu um enterro final para Alec Holland. Matthew Cable, ferido gravemente no arco de história anterior, revelou-se possuído por Anton Arcane, e Abby havia tido um relacionamento incestuoso com ele sem saber.
Depois de uma luta contra Cable, este entrou em coma, e a alma de Abby foi enviada ao inferno, mas em uma edição baseada no inferno de Dante, o Monstro do Pântano procurou por Abigail, encontrando personagens tais como o Espectro no caminho, e finalmente a salvando.
Pouco depois disso o arco de histórias American Gothic, que introduziu o personagem John Constantine (mais tarde a estrela de sua própria revista), onde o Monstro do Pântano teve que viajar a diversas partes de América, encontrando diversos monstros do horror clássico, incluindo lobisomens e zumbis, mas modernizados levando em conta as edições atuais.
Esse arco de histórias terminou com um crossover com a megassérie da DC Crise nas Infinitas Terras. Nela também apareceu pela primeira vez o Parlamento das Árvores, que era onde os outros Elementais como ele descansavam depois que seus dias sobre a Terra terminavam, e aqui Moore resolveu o problema de continuidade da primeiro e segundo Monstro do Pântano - o primeiro Monstro do Pântano, Alex Olsen, era parte do Parlamento.
Na sequência a estes fatos, o Monstro do Pântano foi emboscado e sua alma enviada ao espaço. Viajou a diversos planetas antes de retornar para casa no momento mais conveniente a sua vingança.
O que Moore produziu na revista Monstro do Pântano teve um efeito profundo na linha principal de quadrinhos da DC - foi a primeira HQ de "horror" da DC a reaproximar o gênero à orientação para adultos desde os anos 50; e iniciou a ascensão da linha Vertigo de quadrinhos maduros, que foram escritas com os adultos em mente.
Saga do Monstro do Pântano foi a primeira série popularizada de quadrinhos a abandonar completamente a autoridade do Comics Code Authority e a escrever diretamente para adultos.
Moore escreveu a série durante 45 edições e foi substituído por Rick Veitch (de quem Moore é admirador confesso), que continuou a história num estilo similar por mais 24 edições. Hellblazer começou a ser publicado então, e as duas séries tiveram vários crossovers.
Na era Veitch, o Parlamento das Árvores, acreditando que o Monstro do Pântano havia morrido, criou um Broto (um ser capaz de se tornar um novo monstro do pântano, se encontra um corpo em condições adequadas) para substituí-lo. Quando o Parlamento descobriu que ele ainda estava vivo, deu-lhe a escolha de destruir o novo Broto ou abandonar a Terra para se juntar aos outros parlamentares, já que dois elementais não podiam coexistir sem terríveis consequências.
Não disposto a sacrificar uma vida inocente, o Monstro contornou a situação tornando o Broto seu próprio filho, engravidando Abby para isso, usando o corpo de John Constantine (esta série recebeu o nome de O Celestial e o Profano). A publicação no Brasil foi interrompida nesse ponto. Mais tarde, durante um evento chamado Invasão, o Monstro do Pântano foi jogado no passado, e atravessou o tempo para retornar ao presente.
A Era Veitch terminou em uma disputa criativa, quando a DC recusou-se a publicar a edição 88 por causa do uso de Jesus como um personagem devido às controvérsias que se levantaram na época pelo filme de Martin Scorsese, A Última Tentação de Cristo, apesar de ter aprovado o script previamente. O desenhista Michael Zulli já tinha terminado parcialmente a arte.
Essa atitude repugnou Veitch que abandonou imediatamente o roteiro, já que essa edição deveria ser sua última. Os escritores Neil Gaiman e Jamie Delano, que foram escalados originalmente para serem os escritores seguintes, declinaram educadamente o convite, em atitude de apoio a Veitch
Doug Wheeler escreveu as edições 88-109, sob o ressentimento dos fãs, embora tivesse escrito o encontro entre Jesus e o Monstro do Pântano na edição 88. Wheeler teve a tarefa infeliz da escrever sob a sombra de Moore e de Veitch, e também de Neil Gaiman, que tinha acabado de escrever Monstro do Pântano Anual e uma minissérie da Orquídea Negra (na qual o Monstro do Pântano aparece).
Ele escreveu boas histórias, mas eram visivelmente inferiores as dos três autores. Não ajudou o fato de que estava acompanhado pelo desenhista Pat Broderick, cuja arte-final brilhante e limpa trabalhou mal em um título de horror. Ironicamente, sua época teve algumas das melhores capas da série, ilustradas por John Totleben. O arco de histórias principal dessa fase se desenvolve em torno do nascimento do Broto, que o Monstro e Abby chamaram de Tefé Holland.
O Monstro do Pântano teve seus poderes variando de acordo com a fase que foi escrito. Na época de Len Wein e Bernie Wrightson, o Monstro tinha apenas força sobre-humana e regeneração, e tinha habilidades científicas devido a mente de Alec Holland. Na fase de Alan Moore, quando o Monstro descobriu ser um elemental da terra, adicionou-se um vasto controle sobre a forma vegetal.
Ele pode mentalmente mover ou crescer plantas, animar madeira talhada ou morta, etc. Este poder era tamanho que ele conseguiu transformar Gotham City numa floresta. Seu corpo vegetal também lhe confere propriedades únicas. Ele pode abandonar seu corpo e fazer sua consciência viajar através do plano elemental conhecido como o Verde (uma forma de projeção astral), e renascer em um novo local, formando um novo corpo a partir das plantas do lugar.
Esta habilidade também confere habilidades únicas baseadas no tipo de vegetação nativa. Ex: Se ele renasce em um deserto, ele poderia formar um corpo a partir de cactus, tendo espinhos pelo corpo. Ele pode fazer crescer flores em seu corpo, para atrair, com o pólen, um enxame de insetos. Ele pode criar tubérculos em seu corpo que tem propriedades alucinógenas.
Ele também pode transferir sua consciência para corpos humanos, vivos ou mortos. O Monstro pode entrar em comunhão com o Verde, de modo que pode perguntar a consciência coletiva da vida vegetal no planeta onde estão indivíduos ou objetos específicos. Ele pode alterar seu próprio tamanho, ficando gigantesco, esticar membros, ou criar clones de si que não tomam decisões sozinhos. Como um vegetal, ele consegue realizar fotossíntese.
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